O que você vai ler hoje:

🔋 Aos 15 anos, ele já reciclou mais de 625 mil baterias — e não pretende parar por ai

🐟 Salmões "alucinados"? Resíduos de remédios nos rios mudam comportamento dos peixes e preocupam cientistas

🌿 Dicas sustentáveis para o fim de semana

👚 Roupa velha não se joga fora: C&A recicla 14 mil armários cheios de estilo em 2024

📦 Do bagaço à inovação: embalagem ecológica protege eletrônicos e reduz impactos ambientais

Aos 15 anos, ele já reciclou mais de 625 mil baterias — e não pretende parar por aí

PROJETOS QUE IMPACTAM

Com apenas 15 anos, o pernambucano Thomas Souza, de Recife, já deu um destino correto a mais de 625 mil baterias usadas. A ideia nasceu quando ele tinha só 10 anos e se assustou ao descobrir que esse tipo de resíduo pode contaminar o solo, a água e até prejudicar a saúde das pessoas.

🔋 Como o projeto funciona?

• Ele criou pontos de coleta em escolas, igrejas e estabelecimentos parceiros

• Todo o material é enviado a empresas especializadas em reciclagem segura

• Thomas também organiza palestras, oficinas e ações educativas sobre o tema

Além de já ter evitado o descarte incorreto de mais de 2 toneladas de resíduos perigosos, Thomas ganhou prêmios, reconhecimento e segue expandindo o projeto com ajuda da família. Agora, quer levar sua ideia para outros estados. Um exemplo de como iniciativas simples, quando feitas com propósito, podem gerar um impacto gigante — mesmo quando se começa bem cedo.

Salmões "alucinados"? Resíduos de remédios nos rios mudam comportamento dos peixes e preocupam cientistas

MEIO AMBIENTE

Um estudo publicado na revista Science revelou que resíduos de medicamentos, como ansiolíticos e antibióticos, presentes em rios europeus, estão modificando o comportamento de salmões jovens durante sua migração ao mar. Pesquisadores na Suécia implantaram dispositivos de liberação lenta de fármacos em smolts (salmões jovens) e observaram mudanças significativas.

“Os peixes expostos ao clobazam cruzaram as presas mais rapidamente e tiveram uma taxa de sobrevivência 50% maior que o grupo de controle”, destaca o estudo.

No entanto, essa ousadia pode ter efeitos negativos, como aumento da exposição a predadores e desequilíbrio ecológico. Além disso, os peixes tratados tendem a se afastar do grupo, reduzindo a proteção coletiva.

A presença desses resíduos nos rios é atribuída ao descarte inadequado de medicamentos e à eliminação humana. Os cientistas alertam para a necessidade de políticas públicas que evitem a contaminação dos ecossistemas aquáticos por fármacos, visando preservar a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.

Roupa velha não se joga fora: C&A recicla 14 mil armários cheios de estilo em 2024

MODA

Sabe aquelas roupas paradas no armário, sem uso há tempos? Em 2024, muita gente decidiu dar um novo destino a elas — e a C&A foi o ponto de coleta. Por meio do Movimento ReCiclo, a marca arrecadou 34 toneladas de peças usadas, o equivalente a esvaziar 14 mil armários em todo o Brasil. O número representa um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, reforçando o interesse crescente por soluções mais sustentáveis no consumo de moda.

“Transformar o descarte em novas possibilidades é a essência da moda circular”, destaca a marca.

Criado em 2017, o programa já ultrapassou 130 toneladas de peças arrecadadas no total. E o que acontece com tudo isso?

As urnas de coleta estão disponíveis em diversas lojas da C&A pelo Brasil, incentivando os consumidores a repensarem o consumo e contribuírem com a economia circular na moda. Porque estilo também pode (e deve!) ser sustentável.

Do bagaço à inovação: embalagem ecológica protege eletrônicos e reduz impactos ambientais

TECNOLOGIA

Já imaginou trocar o isopor por uma embalagem feita com bagaço de cana? Parece improvável, mas foi exatamente o que pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) fizeram. Eles criaram uma solução ecológica para proteger componentes eletrônicos — e com desempenho surpreendente.

“É uma solução que une desempenho técnico com menor impacto ambiental”, afirma Mateus Boratto, pesquisador do CNPEM.

💡 Como funciona essa inovação?

• O bagaço da cana-de-açúcar é reaproveitado como base do material

• É transformado em um criogel condutivo: leve, resistente e poroso

• Ganha negro de fumo, que ajuda a controlar a eletricidade estática

• O resultado é uma embalagem segura, biodegradável e resistente ao fogo

Publicada na revista Advanced Sustainable Systems, a pesquisa teve apoio da Fapesp e já teve patente depositada. Agora, o CNPEM busca parceiros para escalar a produção. Uma solução nacional que mostra como resíduos podem virar tecnologia de ponta — e ajudar a reduzir o uso de plásticos em setores que mais geram lixo.