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teimoso igual jumento
Essa espécie pode desaparecer do Brasil até 2030. Ignorar esse e outros alertas da natureza também é teimosia. A boa notícia? Dá pra escolher ser 1% mais sustentável todo dia.
Ventos do mar ganham força: Brasil libera primeiro projeto eólico offshore
BRASIL
O Ibama liberou a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica offshore no Brasil. O Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, localizado no litoral de Areia Branca (RN), é uma iniciativa pioneira do Senai-RN que prevê:
Instalação de duas turbinas no mar, com potência total de até 24,5 MW — energia suficiente para abastecer o Porto-Ilha local, reduzindo o uso de combustíveis fósseis.
Avaliação rigorosa dos impactos ambientais, incluindo ruídos subaquáticos e efeitos sobre a fauna marinha.
Um Plano de Gestão Ambiental com 13 programas obrigatórios, que contempla monitoramento da vida marinha, comunicação social e capacitação profissional.
Este projeto é um marco para o país, que tem potencial estimado em cerca de 700 GW em energia eólica offshore — quase quatro vezes a capacidade instalada atual de geração no Brasil.
A licença prévia é o primeiro passo. Agora, a próxima fase é obter a licença de instalação, que depende do cumprimento de todas as exigências ambientais.
Por que isso importa?
A energia eólica offshore é uma fonte limpa e renovável, capaz de gerar muita eletricidade sem emissão de gases poluentes.
Aproveita os ventos constantes do mar, que são mais fortes e estáveis do que os de terra.
Pode impulsionar a inovação tecnológica e gerar empregos locais, especialmente em regiões costeiras.
O Brasil começa a entrar no ritmo do vento do mar — um movimento que pode transformar a matriz energética do país e fortalecer a luta contra as mudanças climáticas.
Coldplay deu show: Discos de vinil feitos com plástico reciclado, música com consciência ambiental
INOVAÇÃO
Coldplay está inovando mais uma vez, mas agora em prol do planeta. A banda anunciou que vai relançar seus álbuns clássicos em discos de vinil fabricados a partir de plástico reciclado, principalmente garrafas PET descartadas. Essa iniciativa faz parte do compromisso do grupo com a sustentabilidade e busca reduzir o impacto ambiental da indústria musical, que tradicionalmente depende de materiais plásticos e químicos poluentes para produzir CDs e vinis.
Mais de 8 milhões de toneladas de plástico descartado são recicladas para dar vida a esses novos discos, evitando que esse material se acumule no meio ambiente.
🎶 Os novos discos reutilizam plástico que, em vez de virar lixo, ganha nova vida transformando a experiência do fã com uma música mais consciente. A produção desses vinis reduz o uso de plástico virgem, ajuda a diminuir a poluição e estimula um mercado cultural mais sustentável.
A previsão é que os lançamentos comecem ainda em 2025. A medida pode servir de referência para outras iniciativas na indústria musical em busca de soluções mais alinhadas com os desafios ambientais do presente.
Do sertão ao desaparecimento: jumento brasileiro pode sumir até 2030
MEIO AMBIENTE
O jumento, animal historicamente ligado à vida no sertão nordestino, está prestes a desaparecer do território brasileiro. Desde 1996, a população caiu 94%, passando de 1,3 milhão para cerca de 78 mil em 2025. Se nada for feito, a espécie pode ser extinta no Brasil até 2030, alerta o pesquisador Pierre Escodro, da Universidade Federal de Alagoas.
Se nada mudar, os jumentos estarão extintos no Brasil até 2030.
A principal causa é a exportação de peles para a China, onde são usadas na produção do ejiao, um remédio tradicional feito com colágeno extraído do animal. Três frigoríficos na Bahia estão autorizados a fazer o abate, mas há denúncias de maus-tratos, falta de rastreabilidade e condições precárias. Um estudo publicado na revista Animals apontou inflamação sistêmica grave em 95% dos jumentos avaliados.
Além da questão ambiental, o impacto é social. No interior de Alagoas, o preço do animal quintuplicou, de R$ 100 para até R$ 500, dificultando o acesso de pequenos produtores que ainda usam jumentos para transporte e agricultura.
Pesquisadores reunidos no evento “Jumentos do Brasil”, em Maceió, discutem propostas como santuários, uso terapêutico e apoio à agricultura familiar. Um projeto de lei que proíbe o abate tramita no Congresso, mas segue parado.
Com sol, vento e políticas fortes, Uruguai se destaca na transição energéticas
ENERGIA
O Uruguai atingiu um marco notável: hoje, cerca de 99% da eletricidade do país vem de fontes renováveis, como energia solar, eólica, hidráulica e biomassa, consolidando uma transição energética bem estruturada.
A trajetória começou há duas décadas, com políticas públicas firmes que combinaram legislação estável, incentivos fiscais e parcerias público‑privadas. A estatal UTE garantiu contratos de longo prazo para compra de energia, atraindo investimento privado em quase 700 turbinas eólicas instaladas pelo país.
A independência energética permitiu ao Uruguai se tornar exportador de eletricidade renovável na América do Sul.
O Uruguai agora avança para a segunda fase da transição: reduzir as emissões dos setores industrial e de transporte, incluindo projetos de hidrogênio verde e mobilidade elétrica. No fórum sobre hidrogênio na Holanda, o país apresentou sua estratégia com cinco eixos: mobilidade, eficiência, renováveis, armazenamento e hidrogênio verde.
O sucesso se apoia em um ambiente político estável, consenso multipartidário e infraestrutura adequada, criando um modelo que une sustentabilidade e segurança energética.
Com a meta de descarbonizar setores antes dependentes de combustíveis fósseis, o Uruguai mostra ao mundo como transformar energia limpa em vantagem competitiva e inspiração global.