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Ta acabando...
Pois é, faltam somente 15 dias para acabar o ano! No entanto, ainda dá tempo de você alcançar aquela meta que se propôs a cumprir no inicio do ano e começar 2023 da melhor forma.
Os desfechos modestos da COP27 e o mercado de carbono internacional
MUNDO
Eu sei que você gosta de um resumão! Deixa com a gente então!
A verdade é que os resultados da COP27 focaram mais nos impactos do que nas causas da mudança do clima.
De um lado - O grande resultado da COP27 foi a criação de um novo fundo para financiar perdas e danos climáticos após décadas de reinvindicações pelos países mais vulneráveis. Porém, por outro lado - pouco foi realizado para avançar na ambição e nos esforços para ficar abaixo do 1,5ºC para além do resultado alcançado na COP26, em Glasgow.
Revés em relação a COP passada teve? Teve…
Não houve menção à redução do uso de combustíveis fósseis, resultando em um sinal político mais fraco nesse sentido. Mais importante, não ocorreram avanços claros para tirar do papel os compromissos de mitigação já adotados, o que representa um resultado frustrante, já que esta tinha sido previamente intitulada como “COP da implementação”. Poxa pessoal…
No tema mitigação, A COP27 finalizou o “programa de trabalho de mitigação” mantendo o objetivo de aumentar a ambição e a implementação dos compromissos assumidos, prevendo sua execução até 2026. Ou seja, a intenção é aumentar os esforços de redução de emissões e implementar as promessas para trazer resultados concretos. Vamos lá, precisamos disso.
O tema perdas e danos foi o grande destaque da COP27. Decidiu-se pelo estabelecimento de novos arranjos de financiamento para apoiar os países em desenvolvimento que são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos da mudança climática e vem sofrendo impactos climáticos e econômicos. Esses novos arranjos complementam e incluem fontes, fundos, processos e iniciativas dentro e fora da Convenção do Clima e do Acordo de Paris.
A linguagem é aberta e genérica, pois abre muitas possibilidades de financiamento e de novos doadores como, por exemplo, os países emergentes. No mesmo sentido, também há imprecisão em torno da definição do termo vulnerabilidade que deverá ser mais um dos objetos de discussões posteriores para maior clareza do acordado. Falamos sobre isso no nosso stories, quem lembra?
E o Brasil nessa história?
Mercados voluntários de carbono, que estão franca ascensão, e os mercados regulados domésticos (já são mais de 60 no mundo, entre países, estados e demais jurisdições) ganham cada vez mais relevância e protagonismo, podendo até mesmo se sobrepor aos instrumentos de mercado do Acordo de Paris para fins de aumento de ambição global.
Participar, contribuir e pressionar para avanços mais tempestivos nas negociações internacionais é relevante. Entretanto, para o Brasil, que não possui instrumento de mercado regulado, não é necessário ficar para trás e esperar pelos demorados resultados das negociações internacionais para criação de instrumentos domésticos a fim de contribuir para a custo-efetividade do cumprimento de sua atual e futuras metas climáticas.
O Brasil tem todas as condições para estruturar um pacote climático robusto, incluindo um sistema de informações e instrumento de mercado doméstico (considerando integração internacional), para implementar suas metas com transparência e integridade ambiental. Basta querer, rs.
Pavimentação com plástico reciclado chega às estradas do Brasil
BRASIL
O uso do plástico reciclado para pavimentação de estradas é uma tecnologia desenvolvida pela Dow, empresa de ciência de materiais, em parceria com a Eixo SP Concessionária de Rodovias S.A, do Grupo Ecological, e da Stratura Asfaltos S.A.
A formulação asfáltica modificada dá uma nova vida útil às embalagens plásticas flexíveis, evitando que acabem como resíduos em um aterro sanitário, ou no pior dos casos no meio ambiente. Além de oferecer uma solução possível para o gerenciamento de resíduos plásticos, o material aumenta a vida útil das estradas em comparação ao asfalto convencional.
Um trecho de um quilômetro da Rodovia Washington Luís, em Rio Claro, no sentido capital interior foi o primeiro no Brasil a receber pavimentação para estradas que usa plástico pós-consumo em sua composição. Ai sim, hein?
Este é um projeto piloto que pode significar um grande avanço no reaproveitamento de resíduos plásticos e melhoria das condições das estradas no país.
Apesar de ser um trecho curto, nesse primeiro quilômetro de teste em campo, foram usadas cerca de 200 mil embalagens plásticas, o que demonstra claramente o tamanho do impacto positivo que a aplicação dessa tecnologia pode gerar.
Legal né? Mas vamos aos números…
As estradas de asfalto são uma parte vital da nossa infraestrutura. O Brasil possui mais de 1,7 milhão de estradas, dos quais somente 211.468 km são pavimentados, o que representa 12,3% do total. Sim, 12,3%... também ficamos chocados :O
“Se esta tecnologia fosse utilizada em todas as rodovias asfaltadas do Brasil, mais de 80 bilhões de embalagens plásticas de alimentos poderiam ser eliminadas do meio ambiente” afirma Assis Villela, gerente de pavimentação da Eixo SP, uma das empresas responsáveis pela iniciativa. Seria um sonho?
Joias no ramo da sustentabilidade: Pérolas sustentáveis já ganham destaque internacionalmente
PATROCINADO
Esse newsletter sempre vem com uma novidade daquelas de deixar seu queixo no chão, né? Hoje não seria diferente…
Quem disse que a sustentabilidade e o ramo da joalheria não podem andar juntas? Foi exatamente essa pergunta que a designer Carla Dutra respondeu ao mercado brasileiro e logo depois, ao mercado internacional.
Com apenas 2 anos, a marca LeCarle chega ao mercado nacional e internacional trazendo uma super inovação no ramo da sustentabilidade. A joalheria que é a representação da arte, trás a sustentabilidade como premissa principal da marca.
A LeCarle preza e apoia projetos artísticos e ações sociais sustentáveis, como por exemplo, a mão de obra feminina em seu processo de produção.
Mas ok, e sobre os produtos? Após um longo período de testes, erros e acertos, a marca desenvolveu pérolas sintéticas produzidas a partir de resíduos recicláveis retirados pelo projeto da Eco-barreira e lançaram a primeira coleção com pérolas sustentáveis. SIM, é isso mesmo que você leu.
Todos os resíduos utilizados são retirados do projeto social do ativista ambiental Diego Saldanha que construiu uma Eco-barreira que retém o lixo que é arrastado pela correnteza. Desde 2017, o projeto já retirou mais de 10 toneladas de resíduos das águas do Rio Atuba.
As pérolas são protagonistas na coleção Pérolas LECARLE, que traz ao mercado da joalheria um novo conceito: repensar, e retirar o que não deveria estar nos oceanos.
Incrível, né pessoal!? Aposto que vocês ficaram curiosos para saber mais.
Comunidade de SP transforma lixão em floresta de permacultura que oferece alimentos gratuitos à população
INSPIRE-SE
Tem projetos que realmente aquecem o coração! Ainda mais quando se trata de alimentação ao próximo! Iniciativas do tipo (ainda bem!) estão virando tendência na zona norte da capital paulista
O lugar, antes responsável por poluir o rio local, gerar enchentes, contaminar o solo e disseminar doenças, além de servir como cemitério para animais mortos, hoje produz alimentos que são distribuídos gratuitamente para a população e, inclusive, apoia mulheres da comunidade na geração de renda.
O movimento começou em 2016, com o coletivo local Do Estradão, que iniciou o processo de limpeza do terreno onde ficava o lixão. Na sequência, o coletivo Autonomia ZN somou com o trabalho, por meio de ações de educação ambiental na comunidade e do plantio de mudas no local. Por fim, o coletivo Cestas ZN também se juntou ao movimento, auxiliando na distribuição dos alimentos cultivados no terreno para a população da região.
Atualmente, dezenas de espécies de PANCs, as Plantas Alimentícias Não-Convencionais, de fácil cultivo e extremamente nutritivas, são plantadas no local, além de ervas medicinais.
O espaço também cultiva “plantas filtradoras”, que ajudam a melhorar a qualidade do ar na região, e ainda possui uma espécie de centro de triagem que transforma resíduos que iriam para o lixo em ferramentas para ajudar no plantio.
Os polímeros de colchões velhos, por exemplo, são usados para reter água e diminuir a necessidade de regas, enquanto o lixo orgânico é transformado em adubo e os sofás velhos são utilizados como canteiros.
Um trabalho da comunidade para a comunidade, que está ajudando a todos nesse momento de tanta fome! Muito incrível!