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sem enganação
A USP quer acabar com o “faz de conta” no mercado de carbono. Rastreabilidade e rigor científico é o que vamos ver no meionews de hoje! Vem entender melhor.
O que você vai ler hoje:
🧾 Carbono com RG: USP lança registradora inédita e quer elevar a confiança no mercado
💸 Trilhão que não vem: COP30 admite que meta climática ficará no papel
🟢 O bambu que virou plástico (e promete mudar a indústria)
Carbono com RG: USP lança registradora inédita e quer elevar a confiança no mercado
INOVAÇÃO

A Universidade de São Paulo (USP) lançou a RCGI-USP Carbon Registry, a primeira registradora nacional de créditos de carbono do Brasil. A iniciativa une rigor científico, governança independente e impacto social, exigindo que parte dos créditos seja destinada a um fundo obrigatório para pesquisa e projetos socioambientais.
Na prática, a registradora valida e acompanha cada crédito, garantindo que seja único, verificável e rastreável, elementos essenciais para a transparência e integridade do mercado. O diferencial está nas metodologias próprias, auditadas continuamente e adaptadas à realidade brasileira, mas alinhadas a padrões internacionais.
Com análise até quatro vezes mais rápida e custos em reais, a USP busca fortalecer a credibilidade dos créditos brasileiros e preparar o país para o futuro mercado regulado de carbono, mostrando que ciência e interesse público podem caminhar juntos na transição climática.
Trilhão que não vem: COP30 admite que meta climática ficará no papel
CLIMA

A menos de um mês da COP30, o presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago, reconheceu que a meta de US$ 1,3 trilhão em financiamento climático para países em desenvolvimento não será alcançada. O valor foi definido como essencial para apoiar ações de preservação de florestas, transição energética e combate ao desmatamento, mas enfrenta impasses políticos e econômicos globais.
Durante evento em Brasília, Corrêa do Lago afirmou que “não veremos US$ 1,3 trilhão em Belém”, mas destacou a chance de ampliar a capacidade de empréstimos dos bancos multilaterais. A fala reflete o desafio de buscar consensos climáticos em um cenário geopolítico tenso, com conflitos e disputas econômicas travando o avanço de acordos.
Mesmo sem o trilhão prometido, os debates seguem para garantir que a COP30 em Belém mantenha o foco na responsabilidade coletiva e na urgência de financiar o futuro climático do planeta.
O bambu que virou plástico (e promete mudar a indústria)
TECNOLOGIA

Pesquisadores desenvolveram um plástico feito de bambu que combina resistência industrial e biodegradabilidade em apenas 50 dias, um avanço que pode revolucionar a indústria de materiais sustentáveis. A novidade vem de uma técnica que dissolve a celulose do bambu com um solvente alcoólico, reorganizando suas moléculas em uma estrutura sólida e ultrarresistente.
O resultado impressiona: o material supera plásticos tradicionais como o poliestireno e o ácido polilático em resistência mecânica, moldabilidade e estabilidade térmica — tudo isso sem derivados de petróleo. Ao contrário das versões anteriores de bioplásticos, que misturavam fibras naturais a resinas sintéticas, o novo processo é 100% biodegradável e reciclável, mantendo 90% da força original após o reuso.
Com desempenho comparável ao de materiais industriais, o plástico de bambu abre caminho para aplicações em infraestrutura, construção e embalagens, mostrando que inovação e natureza podem, sim, caminhar lado a lado.