- meionews 🌎
- Posts
- O que é a COP30?
O que é a COP30?
Direto de Belém: o que está em jogo na COP30 e por que esta conferência pode redefinir nossa relação com o clima. vem entender TUDO no meionews de hoje!
O que você vai ler hoje:
🧠 “Fracassamos. E agora?”: cientista pede virada radical na COP30
🎸Rock the Mountain: o festival que fez da sustentabilidade um show à parte
🔥 COP30 ferve, literalmente: calor, filas e internet instável marcam início da conferência em Belém
🌍 Circularidade contra o metano: economia verde em ação
✨ Sabor com propósito: a ciência da Amazônia vai à mesa
Uma breve contextualização antes de começarmos:
Apesar de falarmos frequentemente sobre isso no meionews, é sempre bom lembrar: A COP (Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas) é o principal encontro global dedicado às negociações sobre o clima, reunindo quase 200 países para definir metas e ações de redução de emissões.
A COP30, que acontece em Belém (PA) em 2025, marca um momento decisivo: é a primeira vez que o evento ocorre na Amazônia, símbolo vivo da luta climática. Nesta edição, os debates giram em torno de financiamento climático, proteção das florestas tropicais, justiça ambiental e planos nacionais de descarbonização, com foco especial no cumprimento das metas do Acordo de Paris até 2030.
Agora que “já estamos entendidos”, vamos às principais notícias acerca desse evento!
“Fracassamos. E agora?”: cientista pede virada radical na COP30
GOVERNANÇA

Durante a COP30, em Belém, o renomado cientista Johan Rockström, conhecido por formular o conceito dos limites planetários, lançou um alerta direto: “Nosso fracasso deve ser o ponto de partida em Belém.” Segundo ele, sete dos nove limites planetários já foram ultrapassados, o que coloca a humanidade em uma zona de perigo ambiental.
Rockström critica o formato atual das COPs, que, em suas palavras, “viraram feiras e espetáculos”, focadas em discursos e textos legais em vez de entregas concretas. Ele defende que as conferências passem a ser fóruns de prestação de contas, com mecanismos de responsabilização semelhantes aos da União Europeia com penalidades reais para países que descumprirem metas climáticas.
O cientista também afirmou que o “orçamento de carbono acabou”: para limitar o aquecimento a 1,5 °C, seria necessário cortar 5% das emissões globais por ano, mas o mundo ainda aumenta 1% anualmente. Ele defende o uso de tecnologias de remoção de CO₂ e restauração de ecossistemas, reconhecendo que não há outro caminho viável.
Na COP em Belém, Rockström cobrou foco além das florestas tropicais: “Sem eliminar o carvão, não há solução.” Para ele, admitir o fracasso coletivo não é sinal de derrota, mas o único ponto de partida possível para restaurar a confiança e agir com urgência.
Rock the Mountain: o festival que fez da sustentabilidade um show à parte
PATROCINADO

🤝Entretenimento e responsabilidade ambiental podem, e devem, caminhar juntos. Prova disso é o Rock the Mountain, festival realizado na região serrana do Rio de Janeiro, que vem se consolidando como referência nacional em sustentabilidade, sendo um dos poucos eventos do país com certificação ISO 20121, que reconhece boas práticas na gestão sustentável de eventos.
Em 2025, o festival segue com o apoio da Boomerang Soluções Sustentáveis — parceira há cinco edições na gestão ESG — conduzindo um plano evolutivo que organiza diretrizes, metas e indicadores para cada ciclo:
📌Gestão de resíduos: mapeamento, logística, triagem e destinação dos orgânicos e recicláveis;
📌Óleo de cozinha: recolhido na praça de alimentação e transformado em sabão para utilização das famílias via Incluir Petrópolis;
📌Limpeza e conservação: operação coordenada que gera trabalho digno e entrega padrão impecável;
📌Clima (inventário de emissões): medição de montagem, operação e desmontagem;
📌Indicadores de Sustentabilidade e Performance: analisamos onde o evento está e para onde pode ir: forças, pontos de melhoria e criamos um plano claro para a próxima edição.
💚Em um plano de melhoria contínua para transformar aprendizados em padrão operacional, o Rock the Mountain e a Boomerang caminham juntos para ampliar sua conexão com a arte, a diversidade e a preservação ambiental.
🎶 Saiba mais sobre as práticas sustentáveis do festival e garanta seu lugar nessa experiência única: rockthemountain.com.br!
COP30 ferve, literalmente: calor, filas e internet instável marcam início da conferência em Belém
CLIMA

O primeiro grande encontro climático sediado na Amazônia começou sob um simbolismo inevitável: falar sobre aquecimento global em pavilhões onde o calor foi tão intenso que delegados e jornalistas precisaram se abanar com leques agora, os itens mais disputados da Zona Azul, a área oficial da COP30 em Belém (PA).
A organização admitiu “problemas pontuais de infraestrutura” logo no primeiro dia, especialmente na área de expositores e pavilhões de países, descritos por participantes como verdadeiros fornos. Enquanto isso, salas de conferência e negociações estavam bem climatizadas, às vezes até frias demais. Ventiladores industriais foram instalados às pressas, e leques foram distribuídos para amenizar a situação.
Os problemas de conectividade também afetaram o evento: falhas no Wi-Fi e na internet móvel derrubaram painéis e conversas programadas. A equipe técnica prometeu reforçar o sinal, e mapas impressos foram entregues para quem estava “off-line”. A alimentação ainda enfrentou filas longas e falta de produtos no primeiro dia, com cartões de refeição recarregáveis esgotando no almoço e só sendo reabastecidos à tarde.
A ironia é evidente: uma conferência sobre resiliência climática testada por infraestrutura frágil, calor e improviso. Para alguns, é metáfora viva do desafio global. Discutir o futuro do planeta enquanto o presente já mostra seus limites.
Leia também:
Circularidade contra o metano: economia verde em ação
INOVAÇÃO

Durante a COP30, a iniciativa “Economia Circular JÁ!” recebeu US$ 30 milhões do Global Methane Hub para combater o metano, gás de efeito estufa com potencial de aquecimento 80 vezes maior que o CO₂. O investimento visa reduzir emissões de curto prazo, já que o metano permanece cerca de 12 anos na atmosfera, e seus cortes podem gerar efeitos positivos em uma década.
A ação é liderada pela Presidência da COP30, em parceria com o PNUMA e a Coalizão Clima e Ar Limpo, e busca transformar resíduos em recursos. O foco é evitar o desperdício de alimentos, redistribuir excedentes e reciclar matéria orgânica em compostos e novos produtos, conectando governos, cidades, catadores e o setor privado em torno de uma economia mais circular e inclusiva.
Para o CEO do Global Methane Hub, Marcelo Mena, a proposta “reflete o impulso global por soluções locais e práticas”. Já Carolina Urmeneta, diretora do programa de resíduos da entidade, afirma que o apoio “fortalecerá a economia circular e melhorará a segurança alimentar”.
Com metas até 2030, a iniciativa simboliza um freio de emergência climático, unindo sustentabilidade, inclusão e inovação.
Sabor com propósito: a ciência da Amazônia vai à mesa
NEGÓCIOS

Na região de Santarém, três chefs paraenses Erik Souza, Léo Modesto e Nixon Ferreira estão transformando a gastronomia em um ato de preservação. Suas cozinhas unem saberes indígenas, biologia e tecnologia para gerar impacto ambiental e social.
Erik, biólogo e chef do restaurante Pôr do Sol, faz da piracáia um ritual ancestral à beira do Tapajós e mobiliza a comunidade no replantio de árvores nativas. Léo mistura microbiologia e memória afetiva, criando uma cozinha-laboratório onde cada prato explica a floresta. Já Nixon, defensor da defumação e fermentação tradicionais, transforma técnicas indígenas em inovação gastronômica e leva conhecimento às comunidades.
Mais que receitas, esses chefs criam redes vivas de economia e cultura, provando que o sabor amazônico também é um projeto de conservação. 🌿