mergulho no rio sena

Após 100 anos sendo só paisagem, o Sena agora recebe gente de sunga. Milagre da limpeza ou surto coletivo? Vem entender melhor no meionews de hoje

Você entraria? Paris reabre o Sena para banho após 100 anos

MEIO AMBIENTE

Depois de mais de 100 anos de proibição, o icônico Rio Sena está novamente aberto para natação pública em Paris. A reabertura, anunciada às vésperas dos Jogos Olímpicos, é resultado de investimentos bilionários em saneamento e despoluição.

A limpeza do rio envolveu uma operação complexa, que incluiu desde a criação de tanques de retenção de esgoto até o redirecionamento de redes pluviais. O projeto representa um avanço na infraestrutura sustentável e reacende o debate sobre a reconexão das cidades com seus rios.

Com isso, Paris se junta a outras metrópoles que têm apostado em projetos de impacto real para melhorar a vida urbana. E a pergunta que fica é: quem será o próximo a mergulhar nessa ideia?

Irlanda desliga o carvão, enquanto quando Nova York volta a acender a fornalha

ENERGIA

A Irlanda encerrou de forma definitiva as atividades de sua última usina a carvão, localizada em Shannonbridge. A estrutura da estatal ESB, que operava desde 2004, já estava fora da produção regular desde 2020, funcionando apenas como reserva estratégica. Agora, com o desligamento completo, o prédio será demolido, materiais reciclados e o terreno restaurado com vegetação nativa e áreas úmidas.

O país deixa oficialmente de usar carvão para gerar energia e abre espaço para projetos ligados a fontes renováveis, que já estão em análise e fazem parte dos planos para garantir energia limpa e sustentável a longo prazo.

No mesmo período, em uma direção oposta, Nova York reabriu uma usina a carvão. A movimentação traz de volta ao centro do debate uma velha conhecida: a energia fóssil. A decisão levanta discussões sobre as diferentes estratégias adotadas por países e regiões frente aos desafios energéticos e ambientais, além dos impactos econômicos e sociais envolvidos.

Enquanto a Irlanda vira a página, Nova York relê um capítulo antigo. 

Luxo nas alturas, imposto na aterrissagem: jatinhos ganham taxa verde

CLIMA

França e Espanha anunciaram a criação de uma taxa sobre jatinhos privados e passagens de primeira classe, mirando as emissões desproporcionais geradas por esse tipo de transporte. A proposta foi apresentada em um evento da ONU em Sevilha e já conta com o apoio de países do Sul global, como Quênia, Barbados, Benin, Somália e Antígua e Barbuda, além da Comissão Europeia e de organizações internacionais.

✈️ Jatinhos representam menos de 1% dos voos, mas podem emitir até 20 vezes mais CO₂ por passageiro.

O objetivo é claro: quem mais polui deve contribuir mais. A arrecadação será direcionada a fundos climáticos internacionais, voltados a projetos de adaptação e transição energética em países vulneráveis. Estima-se que a medida possa gerar entre R$ 215 bilhões e R$ 240 bilhões por ano. Os recursos serão usados para financiar ações como infraestrutura resiliente, energia limpa e combate à desertificação.

A medida ainda deve ser detalhada na COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA), e representa uma tentativa concreta de equilibrar a conta climática, envolvendo os mais ricos na responsabilidade pelas mudanças do planeta.

Copo vai, copo volta: Lisboa cria sistema reutilizável e vira modelo para a Europa

ESG

Lisboa acaba de se tornar a primeira capital europeia a implantar, em toda a cidade, um sistema de copos reutilizáveis. A iniciativa, lançada em julho, pretende combater o descarte excessivo de plástico gerado por bebidas consumidas fora de casa, hábito comum tanto entre moradores quanto turistas.

O funcionamento é simples: o consumidor paga uma taxa pelo copo e recebe o valor de volta ao devolvê-lo em qualquer ponto participante. A meta é substituir até 10 milhões de copos descartáveis por ano na capital portuguesa.

Mais de 200 estabelecimentos já aderiram ao projeto, que deve se expandir nas próximas semanas. Totens de devolução estão disponíveis em cafés, praças, feiras e eventos culturais. A operação é coordenada por uma startup local, que também se responsabiliza pela higienização dos copos antes de recolocá-los em circulação.

A medida busca tornar o consumo consciente parte da rotina. Lisboa se posiciona como exemplo de inovação urbana, reforçando que mudanças simples, quando bem planejadas, podem gerar grandes impactos ambientais e sociais.