lá vem bomba...

Você já viu alguém parar uma bomba? Se sim ou se não, hoje você vai se surpreender. Vem entender melhor do que estamos falando e se inspirar com essa história!

Nobel verde: Ativista que impediu destruição em massa de ecossistema da Austrália é destaque na premiação 

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Murrawah Maroochy Johnson — Foto: Goldman Environmental Prize

🚫A 35ª edição do Prêmio Ambiental Goldman divulgou seus ganhadores nos últimos dias e uma das iniciativas nos chamou atenção por causa do seu impacto: a ativista Murrawah Maroochy Johnson, de 29 anos, foi uma das responsáveis por impedir a criação de uma nova mina de carvão em Queensland, na Austrália, que destruiria o ecossistema local.

  • Mas como assim? Queensland é conhecida pelas praias paradisíacas e ilhas tropicais, mas possui uma das maiores reservas de carvão do planeta ainda pouco exploradas – são cerca de 23 bilhões de toneladas na Bacia da Galileia. 

🔥Uma primeira mina começou a operar em 2021, mesmo com petições para barrar a exploração, o que apenas diminuiu o montante a ser explorado. A construção de novos pontos de extração retiraria 40 milhões de toneladas de carvão da bacia a cada ano durante 35 anos, o que destruiria o Refúgio Natural Bimblebox de 8 mil hectares, com quatro minas subterrâneas e duas minas de carvão a céu aberto.

  • Ecossistema local: as ações humanas no local ameaçariam o habitat de 176 espécies de aves, 45 espécies de mamíferos, 14 de anfíbios e 83 de répteis, e 650 tipos de plantas nativas, incluindo animais em risco de extinção. 

Segundo ambientalistas, essa nova mina de carvão proposta seria uma “bomba de carbono”, já que ela aceleraria as mudanças climáticas ao adicionar 1,58 bilhão de toneladas de CO2 à atmosfera durante o seu período de operação.

🏹Desde os 19 anos, quando entrou para a organização indígena Wangan and Jagalingou Traditional Owners Family Council, Murrawah luta em defesa dos direitos dos povos originários da Austrália e a criação da mina afetaria os direitos humanos e culturais dos povos originários de Queensland e de outros lugares.

Também à frente da ONG Youth Verdict, que mobiliza jovens na luta climática, ela convenceu a justiça australiana a ouvir depoimentos de representantes indígenas sobre como a crise climática afeta e destrói os ecossistemas e como consequência ainda arrasa com as culturas tradicionais que estão fundamentalmente ligadas à terra.

🥇O caso ainda contou com histórias, canções e danças que corroboram para ligar a cultura indígena australiana com as terras de Queensland. Com isso, a ativista saiu vitoriosa e com precedentes jurídicos para ligar outros projetos danosos do ponto de vista ambiental e climático às mudanças climáticas, direitos humanos e indígenas.

  • “Nobel verde”: o Prêmio Ambiental Goldman homenageia as conquistas e a liderança de ativistas ambientais de todo o mundo buscando inspirar a todos para tomarem medidas que irão proteger o planeta. Ele foi criado em 1989 em São Francisco (EUA) pelos filantropos Rhoda e Richard Goldman e já homenageou 226 vencedores — incluindo 102 mulheres — de 95 países.

🌱Ações como esta nos mostram que processos locais também podem gerar um grande impacto na sociedade e inspirar grandes mudanças

Conhece um projeto, empresa ou ação sustentável que inspira?

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Bom final de semana!