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Já dizia Hobbes “O homem é o lobo do homem” 🐺
Quando popularizou essa frase, o filósofo quis dizer que o ser humano é o seu próprio predador. Nesse contexto, vemos hoje as consequências das ações humanas sob o meio ambiente.
O que você vai ver hoje?
❗ Maceió está afundando: entenda a situação da cidade que corre risco de colapso
🌎 COP28: confira as pautas de destaque dos primeiros dias de conferência
Maceió está afundando: entenda a triste situação da cidade que corre risco de colapso
BRASIL

Imagem | Tempo
🛑Na última semana, Maceió entrou em alerta máximo para o afundamento de alguns bairros devido à exploração de sal-gema na capital alagoana pela mineradora Braskem. Ao todo, a localidade já afundou 1,86 metros, e novo balanço da Defesa Civil da cidade aponta para o afundamento de 0,27 cm por hora.
Contextualizando: desde 1970 a região da Lagoa Mundaú começou a ser explorada pela mineradora Braskem para a retirada de sal-gama, importante insumo para a produção de cloro, soda cáustica e PVC. Acontece que essa exploração ocorreu de forma indevida durante anos, acarretando num primeiro afundamento a partir de 2018, no bairro Pinheiros.
Na época, os moradores sentiram um tremor de terra que logo acarretou em rachaduras nas casas e afundamentos dos imóveis, fazendo com que mais de 50 mil pessoas fossem evacuadas do local. 🏠
No último dia 29, o bairro Mutange entrou em situação de alerta com o possível colapso da mina 18 e Maceió declarou estado de emergência por 180 dias e a retirada imediata dos moradores. Outros bairros próximos seguem sendo monitorados.
O problema: diferente do sal convencional que é retirado do mar, o sal-gama é encontrado em jazidas subterrâneas, o que exige escavação. No caso de Maceió, o modo como o sal foi retirado deixou buracos nas camadas subterrâneas, tirando a sustentação do que estava por cima. Entenda melhor aqui.
🚧Desde 1970 foram feitas 35 minas de exploração do sal-gama em Maceió, mas a que corre perigo de colapso no momento é a mina 18. Há trabalhos para o preenchimento desses buracos com areia que tinham previsão de começar em novembro deste ano, porém a mina se tornou instável.

Imagem | Infográfico G1
Responsabilização: em 2019, estudos técnicos do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) atestaram o afundamento das regiões causadas pelas minas. Em 2020, a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou que a Braskem fizesse um plano de contenção. Com isso, nove minas seriam fechadas com o preenchimento de areia.
Se ou quando houver o desabamento da mina, irá se formar uma grande cratera que conterá água da lagoa, terra e detritos. O sal-gama também entraria em contato com a água da Lagoa Mundaú, tornando-a salgada e afetando a área de mangue da região.
O que diz o governo: na última semana o Governo Federal reconheceu o estado de emergência decretado na capital alagoana. Uma CPI também está sendo pleiteada para investigar as operações da Braskem na cidade.
🎙️ No episódio “Desastre em Maceió: como uma cidade afunda?”, do podcast “Café da manhã” do jornal Folha de São Paulo, há mais informações sobre o acontecimento, confira!
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Imagem | Um só planeta
☀️A COP28 começou na última quinta-feira (30) reforçando pautas socioambientais no mundo: o protagonismo indígena vem sendo destaque desde o primeiro dia, como a maior participação da história. Em contrapartida, a ausência de mulheres nas mesas de debate vem gerando preocupação às chefes de governo.
Vitória indígena 🍀
Os povos originários ganharam seu próprio pavilhão e espaços de debate desde o primeiro dia com a leitura de uma carta, pelo jovem ativista indígena Pema Wangmo Lama Mugum, do povo Mugum, do Nepal, na qual os indígenas solicitavam a participação de todos os processos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).
A participação dos indígenas brasileiros também foi marcada com o discurso de Isabel Gakran, da Terra Indígena Laklãnõ Xokleng, na abertura da Cúpula Mundial de Ação Climática. A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, comemorou o feito de que o Brasil levou para a COP a maior delegação indígena de todos os tempos.
Depois da partida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guajajara se tornou a primeira representante dos povos indígenas do Brasil a liderar as negociações na conferência do clima.
Importância: a participação indígena na COP é de extrema importância para gerar soluções sustentáveis, uma vez que eles são os principais afetados pelas mudanças climáticas, em função da forte relação e interdependência que mantêm com a natureza. O seu conhecimento sobre a biodiversidade também os colocam como pontos estratégicos na busca de soluções.
Falta mulheres 🙅
Enquanto os indígenas avançam na busca por visibilidade e reconhecimento perante o mundo, na COP28 a representatividade feminina foi deixada de lado e gerou preocupação na ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
Em sua fala durante evento no Dubai Expo Centre, ela pontuou sobre um retrocesso visível contra os direitos e oportunidades femininas. “Como podemos fazer com que as preocupações das mulheres sejam ouvidas? É disso que tratam eventos como esses. Também temos que ter cuidado com o fato de que agora estamos nadando contra a maré, e a maré virou-se contra as mulheres em muitas partes do mundo”. 🤚
Durante o evento, Clinton ainda criticou falas machistas de outros chefes de estado que menosprezam as mulheres e as colocam em situações de vulnerabilidade, colocando-as novamente como donas de casa, sem a possibilidade de adentrar ao mercado de trabalho.

Imagem | Um só planeta
Rumo a mais 1,5 ºC 🌡️
A emissão de gases efeito estufa aumentaram em 2023, podendo chegar a um novo recorde de 40,9 bilhões de toneladas, de acordo com o relatório Global Carbon Budget. Esse fato nos deixa longe da redução necessária para alcançarmos as metas do Acordo de Paris.
Com isso, até 2030, o planeta poderá atingir os 1,5 grau Celsius (ºC) de aquecimento acima dos valores da era pré-industrial. Os estudos ainda mostram que o valor da temperatura pode ser ainda maior.
🏭Os maiores vilões são as emissões ligadas à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento e queimadas. Dados mostraram que as emissões devem aumentar a Índia (8,2%) e na China (4,0%) e diminuir na UE (-7,4%), nos EUA (-3,0%).
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