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fogo na COP30
Entre alertas e expectativas, o incêndio na COP30 marcou o dia no Pará. Confira como o episódio influencia a agenda frenética desta edição.
O que você vai ler hoje:
🌐Na COP30, Guterres pressiona líderes e manda recado a Trump: “Estamos esperando por você”
🔥 Incêndio na COP30: O que se sabe até agora sobre o incêndio na COP30
🌍 Turquia sediará a COP31 enquanto Austrália assume a presidência, um acordo histórico para resolver impasse climático
🐾Estudo revela avanço global de doenças crônicas em múltiplas espécies de animais
Na COP30, Guterres pressiona líderes e manda recado a Trump: “Estamos esperando por você”
CLIMA

Durante coletiva em Belém, António Guterres trouxe um alerta duro: o mundo já caminha para ultrapassar 1,5°C, e só um acordo robusto na COP30 pode evitar um cenário ainda mais perigoso. O secretário-geral da ONU também enviou uma mensagem direta ao presidente dos EUA, Donald Trump, ausente da conferência: “Estamos esperando por você.”
Guterres defendeu triplicar o financiamento para adaptação até 2030, criticando o fato de que as metas atuais ainda colocam o planeta na rota dos 2°C de aquecimento, o que, segundo ele, significaria “morte” para muitos povos vulneráveis. Apesar de a maioria dos países sinalizar apoio ao aumento desses recursos, persistem impasses sobre como o dinheiro será usado pelas nações em desenvolvimento, ponto sensível nas negociações em Belém.
O secretário-geral também reforçou que não há como avançar sem enfrentar o principal fator da crise climática: os combustíveis fósseis, ainda responsáveis por 80% das emissões globais. Ele defendeu a eliminação de subsídios, o combate à desinformação e uma transição que proteja os trabalhadores.
Enquanto isso, a fase final da COP30 segue intensa. O Brasil tenta costurar consensos sobre financiamento, metas e o futuro dos combustíveis fósseis, com a expectativa de que Lula ajude a aproximar posições entre China, Índia e União Europeia. O presidente voltou a afirmar que abandonar o petróleo é possível, desde que seja feito com respeito e diálogo: “Numa COP nada se impõe. Tudo se constrói.”
Incêndio na COP30: O que se sabe até agora sobre o incêndio na COP30
COP
Um incêndio atingiu a Blue Zone da COP30, em Belém, e levou à evacuação completa da área de negociações oficiais. O fogo, controlado em poucos minutos, deixou ao menos 13 pessoas atendidas por inalação de fumaça e interrompeu parte das discussões climáticas.
Autoridades trabalham com a hipótese de falha elétrica, enquanto a ONU informou que a Zona Azul ficou temporariamente sob controle do Brasil. O episódio gerou repercussão política e abriu espaço para desinformação nas redes. Assista ao vídeo completo sobre o que já se sabe e os impactos para a conferência.
Turquia sediará a COP31 enquanto Austrália assume a presidência, um acordo histórico para resolver impasse climático
INTERNACIONAL

A Turquia e a Austrália chegaram a um acordo inédito para resolver a disputa pela COP31: a conferência será realizada em território turco, enquanto a presidência das negociações ficará nas mãos da Austrália. É a primeira vez que uma COP terá sede e liderança política separadas.
A Turquia cuidará da infraestrutura, logística e recepção das delegações, enquanto a Austrália controlará a agenda, as prioridades e a condução das tratativas, papel sensível para um país pressionado a acelerar sua transição energética, especialmente pelas nações insulares do Pacífico.
O acordo, articulado na COP30 em Belém, ainda precisa da aprovação formal do bloco regional “Estados da Europa Ocidental e Outros”, responsável pela presidência rotativa. A Exame também confirma que a COP32 será na Etiópia, fechando o ciclo de futuras sedes.
O arranjo reduz tensões diplomáticas e destrava o processo, mas coloca a Austrália sob holofotes: liderar uma COP sendo um grande exportador de combustíveis fósseis deve exigir compromissos mais ambiciosos e transparência sobre sua trajetória climática.
🐾 Estudo revela avanço global de doenças crônicas em múltiplas espécies de animais
SAÚDE

Uma nova pesquisa publicada na Risk Analysis mostra algo que já vinha aparecendo em estudos isolados, mas agora ganha forma mais clara: animais de companhia, de produção e até espécies marinhas estão desenvolvendo as mesmas doenças crônicas que afetam humanos, de diabetes e obesidade a câncer e problemas articulares. O aumento está ligado a uma combinação de predisposição genética e pressões ambientais cada vez mais intensas, impulsionadas pela crise ecológica global.
O trabalho reúne evidências de diversas regiões do mundo e mostra um padrão comum: urbanização acelerada, poluição, mudanças climáticas, dietas inadequadas, estresse prolongado e ambientes degradados têm contribuído para o avanço dessas condições. Em algumas populações de pets urbanos, mais da metade já apresenta sobrepeso; em fazendas industriais, porcos desenvolvem osteoartrite; e em mares aquecidos e contaminados, tartarugas e baleias enfrentam tumores antes raros.
Os autores defendem um sistema integrado de vigilância baseado nas abordagens de Saúde Única e Eco-saúde, já que humanos e animais estão respondendo de forma semelhante ao mesmo ambiente em transformação.