cadê o preço justo?

O disparo do valor das hospedagens em Belém para a COP30 foi tanto que até a Austria desistiu de participar. Vem entender qual foi a intervenção necessária para melhorar a situação.

O que você vai ler hoje:
💰Marina Silva anuncia preços justos de hospedagem para países pobres na COP30
🚘 Ford muda estratégia para produzir elétricos mais baratos nos EUA
📣‘Som Nativo’: Alok e artistas indígenas levam ancestralidade ao streaming

Marina Silva anuncia preços justos de hospedagem para países pobres na COP30

ESG

Faltando poucos meses para a COP30, que será realizada em novembro em Belém, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enviou um recado direto: o Brasil vai garantir que países mais pobres consigam se hospedar por preços justos.

A fala vem em meio a críticas pelo salto nas diárias de hoteis na capital paraense, aumento que já levou a Áustria a desistir de participar. Marina destacou que não é aceitável “um aumento na diária no volume que foi aumentado” e reforçou que o evento precisa de representatividade. Afinal, sem pelo menos dois terços das 197 nações signatárias, as negociações podem perder força.

O governador Helder Barbalho anunciou a reserva de 2,3 mil leitos para as delegações, parte deles com valores mais acessíveis, entre R$541,74 e R$1.093,93 por noite,  para países subdesenvolvidos. A medida busca evitar exclusão e garantir que todas as vozes estejam presentes.

🌎 Mesmo assim, reuniões da ONU para resolver o impasse já foram adiadas duas vezes. Marina garante: a COP30 será em Belém e ninguém ficará de fora por causa de preços abusivos.

Ford muda estratégia para produzir elétricos mais baratos nos EUA

TECNOLOGIA

A Ford vai investir cerca de R$ 10,4 bilhões (US$ 2 bilhões) para modernizar sua fábrica em Louisville, EUA, e produzir veículos elétricos mais acessíveis. A montadora adotará uma nova arquitetura modular, que reduz em 20% o número de peças e acelera a montagem, diminuindo custos e prazos de produção.

A mudança responde à concorrência de marcas como a chinesa BYD e tem como meta lançar, a partir de 2027, uma picape elétrica com preço inicial de aproximadamente R$ 156 mil (US$ 30 mil). A estratégia inclui baterias mais econômicas, uma plataforma única para diversos modelos e um foco maior em eficiência, tornando os EVs da Ford mais competitivos e atraentes no mercado americano.

‘Som Nativo’: Alok e artistas indígenas levam ancestralidade ao streaming

PROJETOS QUE IMPACTAM

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto, o Instituto Alok lançou a Coleção Som Nativo, sete álbuns inéditos que trazem os cantos originais de etnias brasileiras como Guarani Kaiowá, Kariri Xocó, Huni Kuin, Yawanawa, Guarani Mbyá, Kaingang e Guarani Nhandewa, em seus idiomas nativos e com arranjos autênticos, sem interferência da produção de Alok. Apresentada à UNESCO em Paris, a coleção chegou às plataformas de streaming no dia 8 de agosto.

Segundo Alok, o objetivo é que o público sinta a potência da musicalidade indígena: “as tonalidades originais desses artistas incríveis” continuam vivas. 

Para Tashka Yawanawa, líder indígena, essas gravações são vitais: “Nós povos amazônicos não temos escrita, então as músicas gravadas... asseguram a continuidade de nossos conhecimentos e valorizam nossas tradições”.

A iniciativa faz parte da contribuição do Instituto Alok à Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), em cooperação com a UNESCO, e busca ampliar o alcance das vozes e saberes dos povos originários. As letras das faixas estão traduzidas para o português, espanhol e inglês, e toda a monetização será revertida aos artistas indígenas.