apertem os cintos!

Porque o futuro sustentável vai decolar. De carros voadores a combustível verde para aviões, te mostramos as novidades que vão mudar o rumo das coisas .

O que você vai ler hoje:
⚡França acelera o passo: país antecipa fim do petróleo para antes de 2045
✈️Combustível verde para aviação, carros voadores e empregos do futuro: o que está decolando no Brasil
🌳Plano Clima do Brasil é aprovado, mas com metas "flexíveis" para o agronegócio
🌆O Rio agora tem um "raio-X" digital do clima da cidade

França acelera o passo: país antecipa fim do petróleo para antes de 2045

MUNDO

Cidade de Paris, capital da França — Foto: Angelita Seidler / Getty Images

No 10º aniversário do Acordo de Paris, a França celebrou com uma notícia que ecoa além das fronteiras: atualizou sua Estratégia Nacional de Baixo Carbono (SNBC-3) e antecipou drasticamente o fim da era dos combustíveis fósseis. O país agora prevê eliminar o uso de petróleo entre 2040 e 2045, e o gás fóssil gradualmente até 2050.

“Não se trata de impor mudanças no estilo de vida, mas de focar nas ferramentas que já temos”, afirmou a ministra da Transição Ecológica, Monique Barbut. O plano também mira a agricultura, incentivando dietas com mais vegetais e reduzindo emissões da pecuária, e a indústria, alinhando descarbonização com novos padrões de consumo.

A meta é transformar a matriz energética nacional: até 2050, 55% de todo o consumo de energia será elétrico, um salto considerável em relação aos 37% de 2023. Para isso, o plano conta com expansão acelerada de energias renováveis, eletrificação do transporte (com 15% dos carros elétricos até 2030) e inovações como bombas de calor em escala.

Enquanto muitos países ainda debatem prazos, a França transforma compromissos em calendário. E deixa claro: a rota para zero carbono em 2050 começa com decisões ousadas e muito antes do que se imaginava. 🌍⚡

Combustível verde para aviação, carros voadores e empregos do futuro: o que está decolando no Brasil

TECNOLOGIA

A sustentabilidade está ganhando altitude no Brasil, e os investimentos seguem em várias frentes. Enquanto a produção global de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) deve dobrar em 2025, um alerta soa: o crescimento desacelerará justamente quando metas obrigatórias internacionais começarem em 2027.

Paralelamente, os “carros voadores” da Eve Air Mobility (subsidiária da Embraer) receberam R$ 200 milhões do BNDES para desenvolvimento. É parte de um pacote que já ultrapassa R$ 1,2 bilhão em crédito para a empresa, que tem 2,8 mil pedidos de eVTOLs, veículos elétricos de decolagem vertical.

No solo, oportunidades crescem: profissionais com habilidades verdes têm 59% mais chance de contratação. Os setões que mais contratam são construção, agropecuária e mineração, provando que a sustentabilidade já é requisito transversal.

O governo também deu passo importante ao criar um comitê técnico permanente para regular o mercado de carbono brasileiro, enquanto um projeto de captura de CO₂ ligado ao etanol de milho recebeu R$ 384 milhões. Os céus podem estar ficando mais limpos, mas os desafios de escala e regulatórios ainda são uma turbulência pela frente. ✈️

Plano Clima do Brasil é aprovado, mas com metas "flexíveis" para o agronegócio

POLÍTICA AMBIENTAL

Pecuária. — Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil Ambiente

O governo federal aprovou nesta segunda-feira (15) o Plano Clima, documento que orientará a política brasileira contra as mudanças climáticas até 2050. A boa notícia: o país mantém a meta de neutralidade de carbono até 2050. A polêmica: o setor que mais emite gases de efeito estufa no Brasil, a agropecuária, teve suas metas significativamente reduzidas.

Após pressão do agronegócio, o plano foi redesenhado para separar as emissões do desmatamento das emissões diretas da produção rural. Na prática, isso significa que o setor agropecuário poderá aumentar suas emissões em 1% até 2030, enquanto metas mais rigorosas ficaram com os planos setoriais de uso da terra.

O Plano Clima segue para publicação no Diário Oficial – um marco necessário, mas que já nasce sob o sinal da flexibilização. 🌳

“A mudança fragmenta a governança das emissões e enfraquece a responsabilização do setor sobre o desmatamento que ocorre dentro de propriedades rurais”, criticam especialistas. Enquanto isso, o plano para áreas rurais privadas promete cortar 70% das emissões até 2030.

O Rio agora tem um "raio-X" digital do clima da cidade

INOVAÇÃO

A Prefeitura do Rio lançou uma plataforma que promete ser o "painel de controle" climático da cidade. O Sisclima (Sistema de Monitoramento das Mudanças Climáticas) reúne em um só lugar dados sobre emissões de gases de efeito estufa, riscos de inundações, ondas de calor, deslizamentos e a elevação do nível do mar.

Desenvolvido pelo Instituto Pereira Passos, o portal integra informações já disponíveis no Data.Rio e no Siurb, mas agora com análises cruzadas e visualização intuitiva. Qualquer cidadão pode acompanhar, por exemplo, o progresso das metas de redução de emissões até 2030 e o caminho para a neutralidade climática em 2050.

“É uma ferramenta estratégica para orientar políticas públicas e permitir que qualquer pessoa acompanhe, de forma transparente, como o Rio está enfrentando um dos maiores desafios do nosso tempo”, afirma Elias Jabbour, presidente do IPP. 🌆

A iniciativa coloca o Rio na vanguarda da transparência climática municipal no Brasil e pode inspirar outras cidades a transformar dados em ação real. 📊