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#ajudariograndedosul 🙏
Solidariedade. Esse é o sentimento que mais esperamos de todos nesse momento, diante de uma das maiores catástrofes já vividas no Rio Grande do Sul
O que você vai ver hoje: uma pauta que merece ser única Rio Grande do Sul
🌧️ Entenda o que vem acontecendo e seu real motivo
🌎 Repercussão mundial dos acontecimentos
💚 Agora é nossa vez: saiba como ajudar as vítimas mesmo de longe
A catástrofe que parou o Brasil
BRASIL
Imagem | The New York Times
⛈️O Rio Grande do Sul vem passando por uma situação extremamente delicada de calamidade climática há pouco mais de uma semana. Chuvas intensas estão tomando a região e provocando alagamentos, deslizamentos de barrancos, colocando toda a população em risco e contabilizando pelo menos 90 mortes.
Por que isso está acontecendo? As chuvas na região são resultado de três fenômenos que foram agravados pelas mudanças climáticas. A princípio, a meteorologia previa algumas tempestades para a região, porém a situação foi se agravando ao longo do tempo.
Precisamos entender algumas questões:
1º segundo especialistas, havia uma corrente intensa de vento agindo sobre o estado, o que deixou o tempo instável;
2º havia uma outra corrente, desta vez de humidade, que estava descendo da Amazônia para o Rio Grande do Sul, o que também aumenta a força das chuvas;
3º lembra das ondas de calor? bem, enquanto ela ocorria, houve um bloqueio atmosférico que deixou o centro do país mais quente e seco e os extremos com maior concentração de chuvas;
4º esse bloqueio atmosférico ainda fez com que as frentes frias que ocorreram no Sul não conseguissem se dissipar para as outras regiões, o que também intensifica as chuvas;
5º todas as questões anteriores são intensificadas por causa das mudanças climáticas, uma vez que, quando a Terra e os oceanos estão mais quentes, isso faz com que eventos climáticos tenham mais força.
☔A previsão é que o cenário fique ainda pior nos próximos dias, contabilizando mais de 600 milímetros de chuva. Também está prevista uma forte corrente de ar que pode causar ventos de até 100 km/h. O Climatempo emitiu nesta semana um novo alerta para perigo extremo no Sul, com a possibilidade de chuvas a qualquer momento e baixas temperaturas.
Até o momento, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul contabiliza:
388 dos 497 municípios afetados;
1,3 milhões de pessoas impactadas;
132 desaparecidos;
361 feridos;
48,1 mil pessoas em abrigos;
155,7 mil pessoas estão na casa de familiares ou amigos.
Havia uma previsão: apesar da tragédia estar causando comoção do Brasil e do mundo, esses efeitos já haviam sido previstos em um relatório publicado em 2023, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Neste documento foi apontado que as fortes chuvas que acontecem no Rio Grande do Sul desde a década de 1950 poderiam ser agravadas com as alterações climáticas provocadas pela ação humana. Outros especialistas ao redor do mundo já comentavam que eventos isolados, por causa das mudanças climáticas, poderão tomar proporções inimagináveis.
🚯Os especialistas ainda afirmam que fortes precipitações como as observadas atualmente podem se tornar mais recorrentes, não só no Rio Grande do Sul, mas em outros estados do Sul e Sudeste do Brasil juntamente com algumas áreas da Argentina e do Uruguai. Essa região, chamada pelo IPCC do Sudeste da América do Sul (SES), foi a única que engloba o país onde há evidências de que fortes chuvas estão relacionadas à ação humana.
A repercussão mundial sobre o desastre no RS
MUNDO
Imagem | The New York Times
📰Os maiores veículos de comunicação do mundo estão repercutindo a tragédia que vem acontecendo no Rio Grande do Sul. O Washington Post, o The New York Times, BBC, The Guardian, Reuters e outros tantos jornais internacionais vêm destacando nas notícias as cenas de destruição e o número alarmante de mortos e desaparecidos.
O impacto maior vem sendo causado pela tragédia humana, em seguida ganha espaço para as questões econômicas e por fim, todas são amplificadas com a temática das mudanças climáticas. Diversos especialistas vêm citando a situação do Brasil como mais uma evidência dentre uma série de situações extremas ao redor do mundo nos últimos anos.
🌪️O El Niño também foi lembrado por algumas agências de notícias, como o Guardian e a AFP. O fenômeno, que deixa as águas no leste do Oceano Pacífico mais quentes, passou pelo Brasil no início de 2024 e provocou fortes chuvas. Ele, por si só, já tem essa característica, mas combinado com o aquecimento global, intensificou a quantidade de precipitação contabilizada no país.
E qual o impacto da cobertura internacional? Como os próprios especialistas destacam, esse desastre brasileiro é somente mais um dos vários que podem ocorrer ao redor do mundo intensificados pelas mudanças climáticas. Dar visibilidade a esses eventos mostra como fenômenos naturais extremos podem causar impactos significativos e imediatos, mas além disso, leva apoio às vítimas e contribui para uma maior conscientização sobre a necessidade de políticas públicas eficazes contra desastres naturais.
🫂Governos e países vizinhos se movimentaram para ajudar com a situação. A Argentina ofereceu ajuda imediata às vítimas e o Uruguai se comprometeu a enviar um helicóptero com uma equipe de resgate para atuar nos locais mais críticos. A Venezuela, a Itália e Portugal também ofereceram apoio e solidariedade ao governo brasileiro.
Agora é nossa vez: saiba como ajudar as vítimas mesmo de longe
SOLIDARIEDADE
Imagem | Governo do estado do rio grande do sul
💡A tragédia no Rio Grande do Sul atingiu não só as pessoas, mas os edifícios, as indústrias, plantações, escolas, enfim, todo o estado por inteiro. As empresas de abastecimento de água e luz informaram que mais de 450 mil pontos estão sem energia e 650 mil pessoas estão sem abastecimento de água. Há locais ainda sem sinal de telefone e internet.
O governo do RS notificou cerca de 790 escolas sem funcionamento em 216 municípios e diversas estradas e aeroportos sem acesso. As rodovias estaduais registraram bloqueios totais e parciais em 99 trechos de 42 estradas. Nas rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou 58 bloqueios, sendo 19 parciais. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas.
🩹Diante de toda essa situação, o governo decretou estado de calamidade e com isso fica apto a solicitar mais recursos ao Governo Federal para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais. Porém, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul também está recebendo doações para auxiliar as vítimas.
Alguns itens são considerados de maior necessidade:
Alimentos da cesta básica
Água potável
Produtos de higiene pessoal
Material de higiene seco
Itens de vestuário
Colchões
Cobertores
Ração animal
🏳️Todos que quiserem podem contribuir de alguma forma. As agências dos Correios dos estados de São Paulo, Paraná e algumas unidades do Rio Grande do Sul estão recebendo doações e transportando gratuitamente até as vítimas. A própria Defesa Civil do Estado está recebendo doações na sede da organização em Porto Alegre. A Agência Humanitária da Igreja Adventista do Sétimo Dia (ADRA Brasil), está realizando a gestão dos abrigos para as vítimas em Porto Alegre juntamente com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Outras entidades estão recebendo doações em dinheiro para enviar às autoridades do Rio Grande do Sul, como o Cáritas, a Central Única das Favelas (Cufa), o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad), as universidades do estado de São Paulo, a Associação de Pedagogia de Emergência no Brasil, o Rotary Brasil, o União BR, o Ação da Cidadania, o Federasul, entre outros.
🩸A Secretaria de Saúde do Estado também está buscando profissionais da área da saúde para trabalharem como voluntários nos locais de maior vulnerabilidade. São solicitados médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. O Departamento Estadual de Sangue e Hemoderivados também está chamando doadores para reforçar os estoques do hemocentro de Porto Alegre.
💰Em Belo Horizonte, os aeroportos de Confins e da Pampulha, bem como as unidades da PUC Minas e a Defesa Civil do Estado estão recebendo os donativos para doação. Em São Paulo, as Universidades Federais e Estaduais também estão recolhendo e destinando os mantimentos. No Rio de Janeiro as agências dos Correios e os postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) são pontos em que podem ser enviadas doações.
Se você ainda quer ajudar, mas não mora em nenhuma dessas capitais, sugerimos que entre em contato com a Defesa Civil, a Polícia Militar e Federal, e as agências de Correios da sua cidade. Diversas unidades federativas estão recolhendo mantimentos e enviando para as vítimas da tragédia.